Restrições da China e da União Europeia ao frango brasileiro por conta da gripe aviária
Após a detecção de um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul, importantes mercados para a carne de frango brasileira, como a China, a União Europeia e a Argentina, anunciaram a suspensão das importações do produto. A medida, inicialmente válida por 60 dias, foi motivada pela confirmação de um caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em um matrizeiro de aves comerciais em Montenegro, no Rio Grande do Sul.
A China é o maior destino da carne de frango brasileira, importando 562,2 mil toneladas em 2024, representando cerca de 10,8% das exportações totais do Brasil. A União Europeia, por sua vez, é o sétimo maior mercado, com mais de 231,8 mil toneladas comercializadas no ano passado, correspondendo a 4,49% do total. A Argentina também suspendeu as importações preventivamente, apesar de não ser um dos maiores importadores.
O Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou que seguirá as restrições de exportação de acordo com os acordos comerciais vigentes, destacando o compromisso com a qualidade e sanidade dos produtos exportados. O princípio de regionalização preconizado pela Organização Mundial de Saúde Animal permite limitar as restrições à exportação a uma área de 10 quilômetros do foco da doença, evitando paralisações em todo o país.
Apesar das restrições, é importante ressaltar que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos, garantindo a segurança dos produtos. O Ministério também informou que o risco de infecções em humanos pelo vírus é baixo e geralmente ocorre em pessoas que têm contato direto com aves infectadas. A situação está sendo acompanhada de perto e medidas estão sendo adotadas para evitar impactos mais amplos nas exportações de carne de frango brasileira.