Menino fica 6 horas em caixa de isopor para sobreviver a ciclone no RS: ‘filme de terror’, diz mãe

Número de mortos após a passagem do ciclone extratropical no RS chegou a 14. Em Caraá, cidade em que criança foi salva, são quatro mortos e uma pessoa segue desaparecida.

A passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul causou mortes, desaparecimentos e devastação em pelo menos 41 cidades do estado. Em Caraá, município de 8 mil habitantes a 90 km de Porto Alegre, uma criança precisou ficar mais de 6 horas em uma caixa de isopor para se manter segura. Na cidade, quatro pessoas morreram e uma está desaparecida.

“A gente conseguiu se abrigar em cima do telhado. Ficamos um tempo, quebrou o pilar da área e a gente pulou para dentro da água. Colocamos o nosso filho dentro de uma caixa de isopor para poder sobreviver. Eu com água até aqui (na altura do pescoço), meu esposo um pouco mais para baixo”, conta Josiane de Oliveira, mãe de Samuel.

Grávida e mãe de outra criança, de três anos, Josiane conta que passou momentos de muito medo durante a passagem do ciclone pela cidade.

“Não foi fácil, foi uma das piores coisas que a gente já viu em toda a vida. Cena de filme de terror”, relata.

O número de pessoas mortas após a passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, entre quinta (15) e sexta (16), chegou a 14. As buscas por desaparecidos entraram, nesta segunda-feira (19), no quarto dia. Segundo a Defesa Civil do RS, dois moradores de Caraá seguem sendo procurados.

No total, há 41 municípios atingidos, com registro de 3.713 pessoas desabrigadas e 697 desalojadas.

 

By Ulisses Oliveira

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